quinta-feira, 22 de julho de 2010

Placenta prévia: fatores de risco para o Acretismo

RESUMO

Objetivo: investigação dos fatores de risco associados ao acretismo em pacientes com placenta prévia (PP).
Métodos: foi realizada uma análise retrospectiva caso-controle de todos os prontuários de pacientes com diagnóstico de PP que tiveram seus partos na Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha (São Paulo) entre 1986 e 1998. O grupo com acretismo foi comparado ao grupo sem acretismo quanto à idade, paridade, antecedentes de abortamentos, curetagens e cesarianas, o tipo de PP e a área predominante de inserção placentária. Para avaliar a associação entre a variável dependente (acretismo placentário) e as variáveis independentes (características maternas e placentária) foram utilizados o teste do c2, análise univariada e multivariada, considerando-se significantes os valores de p < 0,05. Resultados: o levantamento de 245 casos de PP evidenciou que os fatores de risco, significativamente associados ao acretismo, foram o tipo de PP centro-total (odds ratio (OR): 2,93) e o antecedente de duas ou mais cesarianas (OR: 2,54). Utilizando estes resultados foi possível construir um modelo preditivo para a probabilidade de ter acretismo, segundo o qual uma paciente com PP centro-total e duas ou mais cesáreas teria uma probabilidade de 44,4% de apresentar acretismo placentário. Conclusões: os resultados deste estudo podem ajudar o obstetra a classificar suas gestantes com PP em diferentes categorias de risco para o acretismo, o que possibilita a adoção de medidas apropriadas para lidar com possíveis complicações no parto daquelas pacientes com maior risco de acretismo. Introdução A placenta prévia (PP) vem se tornando cada vez mais freqüente, paralelamente ao crescente índice de cesarianas, um dos seus principais fatores predisponentes1,2. Uma das mais temidas complicações da PP é o acretismo placentário, caracterizado pela invasão excessiva do trofoblasto no miométrio, resultando em hemorragia significativa quando o obstetra tenta efetuar a dequitação. Diante desse diagnóstico, além da hemotransfusão serão necessárias manobras que vão desde curagem e curetagem até a histerectomia, conforme a extensão e o grau do acretismo placentário. Na última década o acretismo placentário superou a atonia uterina como principal causa de histerectomia por hemorragia pós-parto3. O diagnóstico anteparto do acretismo na PP continua desafiando os obstetras. Na ultra-sonografia (USG) os sinais de acretismo são sutis e a visibilização de toda a interface placenta-miométrio é freqüentemente difícil, sobretudo nas PP de inserção predominantemente posterior e nas centrais4. Em alguns casos, a dopplervelocimetria colorida5 permite a suspeita de acretismo, porém o custo do equipamento ainda limita sua ampla utilização, assim como o da ressonância magnética, também testada com sucesso neste diagnóstico5. Como a maioria das maternidades brasileiras não dispõe de equipamentos sofisticados, na prática o diagnóstico de acretismo na PP continua sendo feito quase sempre no momento do parto, de forma clínica, sendo posteriormente confirmado pelo patologista naqueles casos submetidos à histerectomia. Infelizmente, a placenta prévia acreta (PPA) vem se tornando cada vez mais freqüente. Em 1952, de cada 1.000 gestantes com PP, apenas 2 tinham acretismo associado6. Em 1980 a cifra elevou-se 40,5 /1.0007, em 1985 para 99/1.0008 e a partir de 1995 já ultrapassava os 150/1.0009-11. Enquanto alguns atribuem esta tendência ao número crescente de gestantes com PP e idade avançada ou com antecedentes de abortamento e curetagem, outros apontam a cesariana prévia (cada vez mais freqüente) como principal fator predisponente para o acretismo. É provável que existam múltiplas variáveis maternas e placentárias envolvidas, interagindo entre si e predispondo ao acretismo na PP, e que algumas pacientes, em decorrência de características específicas, teriam um maior risco para desenvolver esta associação. Ao realizar o parto de uma gestante com PPA o obstetra estará diante de uma situação de extremo risco para hemorragias, e o resultado final dependerá da sua aptidão em fazer o diagnóstico correto do acretismo, da sua experiência e habilidade técnica em realizar os procedimentos cirúrgicos indicados, da disponibilidade imediata de volumes adequados de sangue para transfusão e da competência dos anestesistas e intensivistas em manter as condições hemodinâmicas da pa-ciente durante e após a cirurgia. Se o obstetra pudesse prever, de forma clínica e sem recursos tecnológicos sofisticados, qual a gestante com PP mais propensa ao acretismo, poderia preparar uma série de recursos capazes de garantir uma melhor assistência para esta paciente na hora do parto, reduzindo os seus riscos e até evitando a sua morte. O objetivo deste trabalho foi o estudo dos fatores predisponentes ao acretismo na PP, avaliando o seu risco relativo. Pacientes e Métodos O estudo foi do tipo caso-controle, sendo analisados retrospectivamente todos os prontuários das pacientes com diagnóstico de PP que tiveram seus partos (vaginal ou cesáreo) na Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha (MEVNC) entre 1986 e 1998. Situada na periferia da zona norte de São Paulo, a MEVNC é uma instituição pública municipal especializada em gestações de alto risco que atende pacientes de baixo nível socioeconômico encaminhadas de toda a cidade e de alguns municípios vizinhos. Foram selecionados apenas os casos com conceptos com peso superior a 499 g, vivos ou mortos. O diagnóstico de PP foi baseado no quadro clínico clássico (sangramento indolor, imotivado e recorrente a partir da 20a semana) acompanhado de USG típica (borda placentária situada nas imediações ou recobrindo o orifício interno do colo), realizada até 2 semanas antes do parto por médicos do setor de imagem da MEVNC. Todos os tipos de PP foram aceitos (lateral, marginal, centro-parcial e centro-total). Nas pacientes submetidas à cesariana o diagnóstico foi confirmado na descrição da cirurgia. Também foram incluídos os casos com clínica típica e sem USG realizada na MEVNC, porém com descrição de PP na cesariana. O local predominante da inserção placentária foi considerado "anterior" apenas nos prontuários em que havia descrição (ou foto) de USG apontando este achado ou naqueles casos em que a descrição da cesárea citava a existência de cotilédones nesta face. Os casos que não preencheram estes critérios foram classificados como "não-anterior". Os casos foram subdivididos em dois grupos denominados PP e PPA, respectivamente sem e com acretismo associado. No grupo PPA foram incluídas tanto as pacientes com acretismo clínico como aquelas com acretismo histologicamente confirmado. O diagnóstico de acretismo clínico fundamentou-se na descrição da ausência focal, parcial ou total, de plano de clivagem entre a placenta e o útero, associada à hemorragia e/ou à necessidade de manobras não-habituais no atendimento ao secundamento (extração manual de fragmentos placentários, curetagem e/ou capitonagem). O diagnóstico histológico do acretismo baseou-se no laudo anatomopatológico das pacientes submetidas a histerectomia e incluiu todos os seus graus tanto em profundidade (acreta, increta ou percreta) como em extensão superficial (total, parcial ou focal). Foram obtidas variáveis maternas (idade, paridade, número de abortamentos, curetagens e cesáreas) e placentárias (tipo e área de inserção predominante) e os dados foram armazenados em banco de dados do programa Epi-Info versão 6.1 para posterior comparação entre os 2 grupos (PP e PPA). A associação entre a presença de acretismo (variável dependente) e as características maternas e placentárias (variáveis independentes) foi avaliada pelo teste do c2 e da análise univariada. A análise conjunta dos fatores de risco foi feita por meio da análise multivariada. O p foi considerado significativo quando menor que 5%. O trabalho foi aprovado pela comissão de ética da instituição. Resultados No período do estudo ocorreram 245 partos que preencheram os critérios de inclusão quanto à presença de PP. O índice de acretismo nesta população foi de 19,2% (47/245). Devido ao acretismo, 17 pacientes (6,9%) foram submetidas a histerectomia (10 totais e 7 subtotais), o que possibilitou a comprovação histológica do diagnóstico. Em relação à sua extensão superficial12, todos esses casos foram classificados pelo patologista como parciais (apenas uma parte da placenta apresentava-se aderida ao miométrio). Quanto à profundidade13, 15 eram do tipo acreta (invasão mínima do miométrio), uma increta (invadindo profundamente a camada muscular) e uma percreta (com envolvimento da serosa uterina anterior). As outras 30 pacientes (12,3%) com acretismo foram tratadas de forma conservadora. Uma paciente incluída no grupo de acretismo clínico faleceu na cesárea em decorrência de choque hipovolêmico durante a tentativa de dequitação manual da placenta. Como a família não concordou com a necropsia, não foi possível a confirmação histológica do acretismo descrito no relato de cirurgia, e a paciente foi incluída no grupo dos 30 casos com tratamento clínico. A taxa de mortalidade materna nesta população de PP foi, portanto, de 4:1.000 nascimentos (1/245). Não houve associação estatisticamente significativa entre a presença de acretismo e a idade, o antecedente de abortamentos, curetagens e a área de inserção. A Tabela 1 resume a distribuição das pacientes segundo a presença das variáveis significativamente associadas ao acretismo na PP, com a análise univariada. Observamos associação estatisticamente significativa entre a paridade e o acretismo, com predomínio de multíparas no grupo do acretismo (OR: 6). O antecedente de cesárea também demonstrou associação significativa com o acretismo, sendo que o risco de acretismo foi 3 vezes maior nas pacientes com duas ou mais cesáreas do que naquelas sem este antecedente. Outra associação significativa foi entre o tipo de placenta prévia e a presença do acretismo: 51,1% das pacientes com acretismo tinham placentas do tipo centro-total, contra 27,8% daquelas sem acretismo, o que representou um risco 3 vezes maior. Em ordem decrescente de importância, a análise univariada identificou os seguintes fatores de risco para o acretismo em pacientes com PP: paridade 1-2 (OR: 6,20; IC: 1,33-39,72), paridade >3 (OR: 5,49; IC: 1,14-35,96), duas ou mais cesáreas (OR: 3,22; IC: 1,22-8,46) e PP do tipo centro-total (OR: 3,20; IC: 1,29-8,15).





A análise multivariada permitiu avaliar no conjunto o peso específico de cada variável independente (idade, paridade, abortamentos, curetagens, cesáreas, tipo de PP e área de inserção) sobre a ocorrência do acretismo (variável dependente), eliminando possíveis confusões entre algumas variáveis. Nesta análise, as variáveis independentes que se associaram significativamente com a ocorrência de acretismo na PP foram o antecedente de 2 ou mais cesáreas (OR: 2,54; IC: 1,02-6,36) e o tipo central de placenta prévia (OR: 2,93; IC: 1,24-6,90) (Tabela 2). A partir destes resultados, pode-se definir uma função (modelo de regressão logística) para estimar a probabilidade de haver acretismo. Baseada nesta equação ficaram definidas as probabilidades de ocorrência de acretismo para os diversos grupos de pacientes (Tabela 3).







Conforme aponta a Tabela 3, a paciente com menor probabilidade de ter acretismo (9,7%) seria aquela com placenta prévia do tipo marginal e nenhuma cesárea anterior, ao passo que a pacien-te com maior probabilidade de ter acretismo (44,4%) seria aquela com placenta prévia centro-total e duas ou mais cesáreas anteriores.



Discussão

O acretismo foi freqüente neste estudo, acometendo 19,2% das pacientes com PP, o que equivale a quase um em cada cinco casos. Na literatura, os autores que também utilizaram o critério clínico para o diagnóstico de acretismo apontam taxas que variam de 1,2 até 23,2%8,10,14-17. Por ser subjetivo, o diagnóstico clínico de acretismo sofre a influência de diversas variáveis, incluindo a experiência do obstetra, o que pode explicar, em parte, a amplitude da variação observada entre os diversos estudos. Outra possível explicação para a elevada incidência de acretismo deste estudo seria o grande contingente de pacientes em nossa população com antecedentes de cesáreas (32,2%), variável consistentemente apontada como importante fator predisponente à excessiva invasão trofoblástica. Todos os trabalhos que mostraram incidência de acretismo inferior à nossa tinham também proporções menores de pacientes com cesarianas anteriores, variando de 10,214 a 21,2%17.

A incidência de acretismo histologicamente confirmado foi de 6,9%, valor que se situa entre os 2,6-17,6% assinalados nos trabalhos que utilizaram este critério9,11,18,19. Os autores que observaram incidências de acretismo mais próximas das nossas (Miller et al.11 com 9,3% e Nielsen et al.19 com 7,4%) coincidentemente também foram os que tiveram as taxas mais semelhantes de pacientes com cesáreas anteriores (31,5% e 30,9%, respectivamente). O trabalho com maior incidência de acretismo histologicamente confirmado (Lira Plascencia9 com 17,6%) foi também aquele com a maior porcentagem de pacientes com cesáreas anteriores (44,3%). Portanto, independente do critério diagnóstico utilizado (clínico ou histológico), parece evidente que quanto maior a porcentagem de pacientes no trabalho com antecedente de cesárea, maior será a taxa de acretismo placentário encontrado pelo autor.

A paridade elevada figura para alguns9,20,21 como possível fator predisponente ao acretismo. Esses autores justificam seus achados, apontando que os sucessivos partos e dequitações talvez venham a comprometer o mecanismo regenerativo do endométrio, ou simplesmente aumentem a probabilidade de exposição a fatores predisponentes ao acretismo, como traumas e infecções. Porém, nenhum desses trabalhos avaliou estatisticamente seus resultados. Estudos com análises estatísticas (univariadas)11,15,17 não observaram diferenças significativas na paridade das pacientes com e sem acretismo na PP. Observamos um aumento significativo na freqüência de acretismo com o aumento da paridade na análise univariada, todavia quando este parâmetro foi avaliado especificamente, sem o efeito das outras variáveis (análise multivariada), a paridade não mostrou ser fator de risco significativo para o acretismo. Isto pode ser atribuído ao efeito do número de cesáreas sobre a paridade; isto é, o fator de risco maior para o acretismo não seria a paridade elevada em si, mas o antecedente de cesárea.

Apesar de vários autores apontarem o grande número de pacientes com antecedente de abortamentos no grupo de PPA, apenas Zaki et al.16 analisaram estatisticamente (com teste do c2) esta variável, encontrando significância limítrofe em seus resultados. Miller et al.11 avaliaram o antecedente de curetagens como fator de risco e também não encontraram relação com a ocorrência de acretismo na PP. Em nosso estudo os antecedentes de abortos e curetagens foram igualmente freqüentes nos grupos de PP e PPA, não representando portanto um fator de risco específico para o acretismo.

As pacientes com placenta prévia freqüentemente têm cicatriz uterina, sendo este um dos fatores envolvidos na sua etiopatogenia. Ao compararmos os grupos com e sem acretismo, observamos diferença significativa na distribuição das pacientes quanto ao antecedente de cesáreas. O risco relativo para o acretismo foi 3 vezes maior para as pacientes com 2 ou mais cesáreas. Vários trabalhos também apontam a cesárea anterior como fator de risco para o acretismo na PP, concluindo que quanto maior o número de cirurgias, maior será este risco8-11,14,16,17. É provável que na presença de repetidas cicatrizes o endométrio do segmento inferior, naturalmente delgado, tenha maior dificuldade em sofrer o processo de decidualização, favorecendo cada vez mais o acretismo.

Em decorrência da histerorrafia situar-se sempre na parede uterina anterior, esperávamos que as placentas inseridas predominantemente nesta face tivessem uma maior freqüência de acretismo. Observamos um discreto predomínio de acretismo nas placentas inseridas anteriormente (46,8%), comparadas àquelas inseridas em outras áreas (40,9%), porém sem significado estatístico. Miller et al.11 também analisaram este aspecto, contudo utilizaram um critério diferente, criando uma categoria "placenta recobrindo cicatriz de cesárea", que incluía tanto as de inserção anterior, como muitas do tipo centro-total sem outras especificações. Observaram 29% de acretismo nesse grupo e 6,5% nas demais localizações, sendo esta diferença significativa. Acreditamos que com uma casuística maior, ou se utilizássemos uma definição de inserção anterior menos rígida, teríamos possivelmente obtido resultados estatisticamente significativos.

Houve maior freqüência de acretismo na PP do tipo centro-total em relação às demais variedades, sendo esta diferença estatisticamente significativa. É possível que a PP centro-total seja a variedade que encontre as piores condições de suprimento vascular e esta escassez nutricional ative mecanismos compensatórios que resultam na maior penetração vilositária. Nenhum dos trabalhos a que tivemos acesso analisou de forma específica e isolada esta variável como fator de risco para o acretismo.

O modelo de regressão logística evidenciou que a gestante com PP do tipo central e antecedente de duas ou mais cesáreas seria a de maior risco para o acretismo. Na prática, esta informação pode ser de grande utilidade para o obstetra, possibilitando uma serie de ações importantes para garantir o melhor resultado possível. Em primeiro lugar, esta paciente e sua família poderiam ser informados ainda durante o pré-natal deste risco e suas possíveis conseqüências (transfusão, histerectomia, complicações operatórias), evitando problemas futuros relacionados à morbidade e até mortalidade maternas inesperadas. O obstetra poderia também solicitar para esta gestante exames mais sofisticados (Doppler colorido, ressonância magnética)5 na tentativa de confirmar o acretismo, apesar de não existir ainda na atualidade evidência suficiente para justificar a utilização rotineira destes métodos. Seria importante ainda programar este parto para que ocorra em hospital adequadamente equipado para lidar com emergências hemorrágicas (banco de sangue estocado, vaga na UTI, equipes anestésica e cirúrgica experientes).

A prevenção do acretismo nas pacientes com PP depende da compreensão exata dos mecanismos etiopatogênicos envolvidos. Como este conhecimento é ainda incompleto, resta-nos a atuação sobre os fatores de risco. Identificamos neste estudo duas variáveis que aumentam significativamente o risco de acretismo na PP. Como é atualmente impossível atuar sobre o determinismo da implantação placentária, resta a tentativa de reduzir o uso indiscriminado de cesarianas, tão disseminado em nosso país. Na prevenção da PPA, seria portanto importante incentivar o parto vaginal nas pacientes com uma cesariana anterior e talvez encorajar o uso de anticoncepção definitiva naquelas com duas ou mais cesarianas.

Este trabalho procurou identificar os principais fatores maternos e placentários que aumentam a probabilidade de acretismo em pacientes com PP. Dentre as diversas variáveis de risco apontadas como relevantes pela literatura e por nós pesquisadas, pudemos concluir que o antecedente de duas ou mais cesáreas e a PP do tipo centro-total aumentam significativamente essa probabilidade. Ao assistir o parto dessas pacientes, os obstetras devem ficar alertas e preparados para a possibilidade de complicações hemorrágicas.


Maria Regina Torloni, Antonio Fernandes Moron, Luiz Caman

Parvovirose Congênita: relato de Caso

RESUMO

Apresentamos um caso de regressão espontânea de hidropisia fetal provavelmente causada por infecção materno-fetal pelo parvovírus B19. Além de hidropisia, observamos anemia e hipocontratilidade cardíaca no feto. O diagnóstico foi estabelecido pela soma dos achados ultra-sonográficos, detecção do vírus no soro materno, hemograma fetal e dosagem de enzimas hepáticas fetais.

Introdução

O parvovírus é um vírus DNA da família Parvoviridae responsável pelo eritema infeccioso ou quinta moléstia infecciosa. A infecção é comum na infância, devida principalmente à cepa B19. O trato respiratório é a principal via de transmissão. A infecção da criança ou adulto imunocompetente tem resolução rápida, sem maiores conseqüências. No entanto, a infecção durante a vida intra-uterina pode ser grave, merecendo atenção especial pelas alterações fetais que pode provocar como, por exemplo, quadros de anemia, hidropisia e até óbito fetal2.

A incidência desta virose é maior durante a infância. Na idade adulta, encontra-se prevalência de imunidade entre 40% e 60%8, índices que podem alcançar de 80% a 90%6. Nesta idade, a incidência de infecção aguda está em torno de 1% e acredita-se que a infecção de mulheres grávidas não ultrapasse a taxa observada para a população adulta4.

Em estudo de 1990 da "Public Health Laboratory Service Working Party on Fifth Disease" (Divisão de Trabalhos Sobre a Quinta Moléstia dos Serviços Laboratoriais de Saúde Pública da Inglaterra)7 a transmissão viral, pela via placentária, foi estimada em 33%, proporção que aumenta após a 20ª semana. Estima-se que 9% dos casos de transmissão fetal resultem em acometimento do feto4.



Relato de caso

Uma mulher, gesta 3 para 1, foi encaminhada ao Instituto de Medicina Fetal e Genética Humana para aconselhamento genético devido à idade materna avançada (41 anos). A paciente do grupo sangüíneo A Rh positivo, grávida de 18 ½ semanas, optou por realizar amniocentese em que se coletaram 20 ml de líqüido. A análise citogenética revelou resultado normal (46 XY). Durante a monitoração ultra-sonográfica do exame, observou-se que o feto apresentava ascite. Recomendou-se à gestante a realização de Ultra-sonografia Morfológica.

Com 19 ½ semanas de gestação, a paciente submeteu-se ao exame recomendado. A ultra-sonografia mostrou ascite evidente (Figura. 1), coração hipocontrátil, com área no limite superior da normalidade e derrame pericárdico (Figura 2).

Através de uma ecodopplercardiografia realizada na 20ª semana, avaliou-se que o coração do feto estava normal do ponto de vista anatômico, sendo a insuficiência cardíaca secundária a alguma outra disfunção.

O quadro levou à suspeita de infecção congênita. Na tentativa de estabelecer a etiologia dos achados ultra-sonográficos, foi realizada cordocentese na 21ª semana de gestação para obter: sorologia para toxoplasmose, citomegalovírus e parvovírus B19, dosagens de Gama-GT (gama glutamil transferase) e DHL (desidrogenase lática), hemograma e plaquetas. Uma nova ultra-sonografia realizada durante a cordocentese já mostrava a regressão da ascite, bem como a normalidade da função cardíaca. Os resultados da análise do sangue fetal mostraram anemia (eritrócitos 2,2 milhões/ mm3 e hemoglobina 9,3 g/ dl), plaquetas 180.000/ mm3, DHL: 480 U/L (aumentada), Gama-GT: 27 U/L (aumentada), IgG reagente para Parvovírus B19 e IgM não reagente.

A sorologia materna para parvovirose indicava infecção pregressa e a pesquisa do DNA do parvovírus B19 através de PCR no soro materno revelou a presença do vírus.

Com estes resultados o casal optou por manter a gestação, sendo esta levada à termo, com o nascimento por parto cesárea de recém-nascido masculino pesando 2800g, com índice de Apgar 7 e 9 no 1º e 5º minutos. A criança tem mostrado desenvolvimento normal e não apresenta seqüelas da infecção pelo parvovírus B19.



Discussão

A ocorrência de parvovirose congênita é pouco freqüente e seu diagnóstico pré-natal ainda mais raro. Como a maioria das doenças infecciosas que podem comprometer a saúde do feto, a parvovirose B19 não é bem documentada, e também não está estabelecida a conduta a ser seguida pelo obstetra.

Três casos de infecção fetal pelo parvovírus B19 foram descritos3. Dois dos casos consistiam em fetos hidrópicos. O outro, resultou em morte intra-uterina. Existe evidência de que a infecção pelo parvovírus B19 pode provocar aborto espontâneo no 1º trimestre, hidropisia fetal no segundo trimestre ou natimortalidade.

As parvoviroses têm um tropismo especial para células em divisão, principalmente as eritróides. A afinidade do parvovírus B19 por essas células progenitoras da medula é bem estabelecida, produzindo uma crise aplástica profunda, sendo a anemia resultante responsável por alterações cardíacas e edema. Embora a anemia hemolítica possa ser fatal, há casos descritos de sobrevivência sem seqüelas conhecidas3.

Este caso mostra a regressão espontânea de uma hidropisia fetal decorrente da infecção pelo parvovírus B19. Durante a cordocentese, o feto já apresentava regressão da ascite e restabelecimento da função cardíaca normal. Dado o bom prognóstico, a gestante optou por manter a gestação. O resultado dos diferentes exames realizados neste caso foi útil na determinação do diagnóstico. O nível sérico elevado das enzimas hepáticas Gama-GT e DHL é marcador indireto de infecção. O baixo índice de eritrócitos e hemoglobina, evidencia anemia do feto. Sabendo-se que o parvovírus possui um tropismo pelas células precursoras dos eritrócitos, este achado adquire importância. Os achados ultra-sonográficos deste caso são bastante compatíveis com o observado por outros autores. Um caso semelhante a este mostrou regressão espontânea da ascite fetal e diagnóstico pré-natal de parvovirose através de análise de sangue fetal5.

A presença IgM seria o marcador definitivo da infecção fetal, mas não houve detecção do anticorpo. Isto pode estar relacionado à época da realização da cordocentese, ocorrida durante a 21ª semana de gestação, quando não há maturidade imunológica fetal. Por ser capaz de transpor a barreira placentária, a IgG encontrada no sangue fetal era de provável origem materna. Como a sorologia materna indicava uma infecção não aguda, não havia, por este dado meios de se confirmar o diagnóstico da virose. A determinação da etiologia do quadro foi feita com a detecção do DNA viral no soro materno através de PCR.

Embora a hidropisia constitua um achado freqüente na anemia hemolítica fetal grave (eritroblastose fetal), sendo observada ainda em várias outras patologias infecciosas, ultimamente o encontro dessa anomalia tem constituído um importante achado clínico relacionado à infecção fetal pelo parvovírus B19. É estimado que 10% dos casos de hidropisia fetal aparentemente idiopática possam na verdade estar relacionadas à infecção fetal pelo parvovírus B191, conferindo-lhe portanto importância prática em medicina fetal.


Daniela F. Gradia, Sebastião M. Zanforlin F.º, Thomaz R. Gollop

quinta-feira, 8 de julho de 2010

MARCADORES DE CROMOSSOMOPATIAS NO 2º TRIMESTRE

SIGNIFICADO CLINICO DE GOLF BOLL
É chamado de "foco ecogênico cardíaco" para uma pequena imagem que ao ultrassom é branco e brilhante, em um ou ambos os ventrículos do coração, abaixo das válvulas cardíacas. A presença do foco ecogênico cardíaco parece corresponder a uma condensação das fibras é reponsavel acordes da abertura de válvulas cardíacas.
O foco ecogênico cardíaco é visto em cerca de 1% a 4% de todos as ultrassonografias fetais entre 15 e 24 semanas de gestação e, portanto, é um achado relativamente comum. Em si, o foco ecogênico cardíaco não pode ser considerado patológico, pois foi observado que, quando não associada a outras patologias, que implica um maior risco para a saúde do feto durante a gravidez e do recém-nascido após o parto.
No entanto, tem sido observado que quando o foco ecogênico cardíaco é associada com outras alterações visíveis por ultrassom, a um aumento de mais de sete vezes o risco de uma gravidez afetada com síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21. A síndrome de Down é mais comum quanto maior a idade da mãe no momento da entrega, e pode ser diagnosticada através do cariótipo fetal, a partir de células fetais presentes no líquido amniótico (obtido pela amniocentese), ou células do sangue fetal (obtido por cordocentese). Por esta razão, quando a ecografia mostra um foco ecogênico cardíaco associado com outras anomalias fetais é recomendado um estudo do cariótipo fetal.
Mas então, quando os estudos de ultrassom não detectou qualquer outra anormalidade (isto é, quando o foco ecogênico cardíaco é visto de forma isolada), o risco de gravidez afetada com síndrome de Down aumenta apenas uma pequena proporção (estimada 1,8 vezes) no risco anterior gestantes que de acordo com sua idade.
Em tais casos, é útil saber os risco individuais, em especial para tomar a decisão sobre se ou não o estudo do cariótipo fetal, pois o cariótipo fetal é realizado através de técnicas invasivas (amniocentese ou cordocentese) muitas vezes têm um risco de perda fetal é estimada em cerca de 1%.
A calculadora permite seguir uma série de risco de gravidez afetada com síndrome de Down a partir da idade da mãe no momento da entrega e na presença de um foco ecogênico cardíaco isolado ou associado a outras anormalidades morfológicas no ultrassom . O cálculo do risco resultante é preciso apenas se o ultrassom é feito entre 18-24 semanas de gestação, por um ultrassonografista devidamente treinado e ultrassom de alta resolução.Durante o calculo é medido o diâmetro bi parietal que permite um índice de risco ajustado.

SIGNIFICADO CLÍNICO DE PREGA NUCAL AUMENTADA
É chamado de "dobra da nuca" a espessura da pele da nuca do feto medido pelo ultrassom entre as semanas 18 e 24 de gestação. Aumento da espessura da prega nucal é devido à acumulação de líquidos (edema) nos tecidos imediatamente abaixo da pele. Abaixo de 14 semanas de gestação, o acúmulo de líquido na pele do pescoço é chamada de Translucência Nucal, e seu significado é diferente a partir da dobra da nuca. A informação contida nesta página refere-se apenas à dobra da nuca, ou seja, a sua medição após 18 semanas.
A dobra da nuca é mais espessa em fetos com Síndrome de Down por isso, que é considerado um marco importante para o rastreio desta doença.

O risco de síndrome de Down aumenta mais quanto maior a espessura da nuca vezes. Uma vez que, além de Síndrome de Down é mais comum quanto maior a idade da mãe no momento do parto pode ser um cálculo de risco para esta doença desde a idade da mãe e espessura da prega nucal.
Se o risco resultante é muito elevado, é possível considerar a realização do cariótipo fetal, quer a partir de células fetais presentes no líquido amniótico (obtido pela amniocentese) ou de células do sangue fetal ( obtido por cordocentese).
SIGNIFICADO CLÍNICO DE PIELECTASIA RENAL
É chamado de "pyelectasis renal" para a expansão das estruturas existentes nos rins (pelve renal), cuja missão é recolher, como um funil, a urina produzida pelos rins a canalizá-los para os ureteres (tubos que conectam os rins à bexiga).
Renal pielectasia é visto em cerca de 1% ou 2% de todos os fetos entre 18 e 24 semanas de gestação, por isso são um achado relativamente comum. Em si, a pielectasia leve (quando não superior a 10 mm) não pode ser considerado patológico, pois foi observado que, quando não associada a outras patologias, que implica um maior risco para a saúde do feto durante a gravidez ou o recém-nascido após o parto.
No entanto, foi observado que quando a outras anormalidades associados visível por ultrassom, há um aumento de mais de 19 vezes o risco de uma gravidez afetada com síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21. A síndrome de Down é mais comum quanto maior a idade da mãe no momento da entrega, e pode ser diagnosticada através do cariótipo fetal, a partir de células fetais presentes no líquido amniótico (obtido pela amniocentese), ou células do sangue fetal (obtido por cordocentese). Por esta razão, quando a ecografia mostra pielectasia associada com outras anomalias fetais é freqüentemente recomendado um estudo do cariótipo fetal.
Por outro lado, quando não for detectada por ultrassonografia outras anormalidades (ou seja,pielectasia isolada ), o risco de gravidez afetada com síndrome de Down aumenta apenas uma pequena proporção (estimada em 1,5 vezes) sobre o risco anterior gestantes que de acordo com sua idade.
Em tais casos, é útil saber o risco individual , em especial para tomar a decisão sobre se ou não o estudo do cariótipo fetal, pois o cariótipo fetal é realizado através de técnicas invasivas (amniocentese ou cordocentese) muitas vezes têm um risco de perda fetal é estimada em cerca de 1%.
SIGNIFICADO CLINICO DE CISTOS DE PLEXO CORÓIDE
Os plexos coróides são chamados a pequenas estruturas localizadas no interior das cavidades que existem no cérebro (ventrículos cerebrais), cuja missão é produzir e manter o líquido cefalorraquidiano (líquido que banha o cérebro e a medula espinhal, que atua como a colchão ou almofada contra possíveis choques, transporta nutrientes e elimina resíduos do cérebro, e mantém a pressão dentro do sistema nervoso central).
A presença de pequenos cistos no plexo coróide é visto em cerca de 1% de todas as ultrassonografias fetais entre 18 e 24 semanas de gestação e, portanto, é um achado relativamente comum. Esses cistos são causados por aprisionamento de líquido. cefalorraquidiano no plexo coróide, e geralmente desaparecem espontaneamente em torno da 24 ª semana de gestação. Em si, os cistos do plexo coróide não podem ser considerados patológicos, pois foi observado que, quando não associada a outras doenças não apresentam um risco aumentado para a saúde do feto durante a gravidez ou o nascimento .
No entanto, tem sido observado que quando os cistos do plexo coróide estão associados a outras alterações visíveis por ultrassom, aumenta em mais de 40 vezes o risco de que o feto sofre de uma doença rara chamada síndrome de Edwards ou trissomia do cromossomo 18. Esta doença é que o feto tem um cromossomo 18 mais, e geralmente as causas de morte fetal durante a gravidez ou imediatamente após o parto. É uma doença rara que afeta entre 1 em 4000 e 1 em 8.000 nascimentos, e é mais comum quanto maior a idade da mãe no momento da entrega. Síndrome de Edwards pode ser diagnosticada através do cariótipo fetal, a partir de células fetais presentes no líquido amniótico (obtido pela amniocentese) ou de células do sangue fetal (obtido por cordocentese). Por esta razão, quando uma ultra-sonografia foi observada em cistos do plexo coróide associado a outras anomalias fetais são recomendados freqüentemente um estudo do cariótipo fetal.
Mas então, quando os estudos de ultrassom não detectaram qualquer anormalidade outro (isto é, quando os cistos do plexo coróide são vistos de forma isolada), o risco de ter uma gravidez afetada pela síndrome de Edwards é aumentam em apenas uma pequena proporção (estimado em aproximadamente 7 vezes).
Em tais casos, é útil saber o risco individual, em especial para tomar a decisão sobre se ou não o estudo do cariótipo fetal, pois o cariótipo fetal é realizado através de técnicas invasivas (amniocentese ou cordocentese) muitas vezes têm um risco de perda fetal é estimada em cerca de 1%.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

polimorfismos dos genes receptores de Angiotensina II tipo 1 e 2 em pré-eclâmpsia e gravidez normal .

Angiotensin II type 1 and 2 receptors gene polymorphisms in pre-eclampsia and normal pregnancy in three different populations.

Akbar SA, Khawaja NP, Brown PR, Tayyeb R, Bamfo J, Nicolaides KH.

Department of Fetal Medicine, Harris Birthright Research Centre, King's College Hospital, London, UK. syed.aliakbar@kcl.ac.uk
Abstract

OBJECTIVES: To investigate a possible association between pre-eclampsia (PE) and the genotype for the angiotensin II type-1 receptor (AT1R) and the angiotensin type-2 receptor (AT2R) in various population groups. DESIGN: The study was retrospective in a case-controlled design. SAMPLES: Two hundred thirty-six pregnant women with PE/eclampsia (E) and 426 non-hypertensive pregnant women were included. METHOD: Polymorphic sites of AT1R (A1166C) and AT2R (A1675G) were amplified by polymerase chain reaction, digested with a restriction enzyme that differentiated between the alternative alleles, and analyzed. MAIN OUTCOME MEASURES: Maternal genotypes and their correlation with clinical parameters. RESULTS: The frequency of the AT2R-GG genotype (A1675G) in the PE group was significantly greater than in controls for Afro-Caribbean women (49.3% vs 26.9%, p=0.004), but the frequency difference in Asian or Caucasian women was not significant (23.0% vs 25.4%, p=0.63; 27.7% vs 14.8%, p=0.17, respectively). The highly significant difference in Afro-Caribbean women was maintained after controlling for the effects of age, BMI and parity (p=0.005). There was no significant association of the molecular variant of AT1R (A1166C) with PE in Afro-Caribbean, Caucasian or Asian women. However, in the whole PE group compared to the controls there was a higher proportion of the AT2R-GG genotype with AT1R-AC (56% vs 44%, OR 2.37; 95% CI: 1.06-5.32). In Afro-Caribbean women, the combination of AT1R-AC with AT2R-AG genotypes was significantly higher in controls compared to PE group (93.8% vs 6.3%, OR 0.11; 95% CI: 0.01-0.81). CONCLUSION: There is an association between PE/E and the GG-genotype of AT2R in Afro-Caribbean women.

MANUAL DE ULTRASSONOGRAFIA PARTE 5

DOCUMENTO DE “CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO”

PARA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO MÉDICO:
Exame de ultra-sonografiaIdentificação da(°) paciente (representante legal)NOME:.........................................................................................................................................................................IDADE: .......................................ENDEREÇO:................................................................................................................................................................RG: ...........................................................................
Declaro que:
DOUTOR(ª):.................................................................................................................................................................
Explicou-me e eu entendi que devo me submeter:
NOME DO PROCEDIMENTO: exame de ultra-sonografia.................................DESCRIÇÃO TÉCNICA DO PROCEDIMENTO (EM TERMOS LEIGOS E CLAROS):DESCRIÇÃO DOS INSUCESSOS: poderão haver falhas no método de diagnos ticos DESCRIÇÃO DE COMPLICAÇÕES DO EXAME:ate hoje não foi descrito em literatura nenhuma complicação durante a realização de nenhum tipo de ultra-sonografia diagnostica.
Declaro e confirmo mais uma vez, que entendi todas as explicações que me foram fornecidas de forma clara esimples, inclusive permitindo que eu realizasse todas as perguntas e fizesse todas as observações que eu acheipertinente para entender o que ocorrerá comigo neste procedimento a qual serei submetida(°)Por este CONSENTIMENTO, confirmo que estou satisfeito com as informações recebidas e que compreendotodos os riscos e benefícios decorrentes deste exame e por tais condições CONSINTO que se realize o exame de ultra-sonografia...............................CIDADE: .................................................................................................... DATA: ...................................................


Assinatura do Médico
Assinatura da Paciente

TESTEMUNHA
TESTEMUNHA
Declaro que é possível a qualquer momento antes do exame revogar o meu consentimento.
Revogo o consentimento prestado no dia .................................. e afirmo que não desejo prosseguir no exame de ultra-sonografia, que dou como finalizado nesta data.CIDADE: ..............................................................................................................DATA: ...................................................
Assinatura do Médico:
Assinatura da Paciente:
TESTEMUNHA TESTEMUNHA
TESTEMUNHA TESTEMUNHA

MANUAL DE ULTRASSONOGRAFIA PARTE 4

4.EMISSÃO DE LAUDOS – CONTEÚDO MÍNIMO

Sugestão de Padronização dos Laudos de Ultra-sonografia pela Sociedade Brasileira de Ultra-Sonografia.
A Sociedade Brasileira de Ultra-sonografia com o intuito de uniformizar a metodologia, e a forma de documentação dos exames ecográficos, propõe os seguintes critérios, a serem adotados em todo território Nacional, pêlos médicos que prestam serviços na área de ultra-sonografia. O intuito é dar segurança diagnóstica e proteção ao médico que executou o exame.O paciente ficará à direita do equipamento e do médico (destro) ou o inverso se sinistro. A orientação dos cortes será tal que quando em corte longitudinal, tudo que for cranial fique a esquerda do monitor e quando em corte transversal, tudo que for à direita do paciente fique a esquerda da tela. No laudo deve constar o nome estabelecimento, da paciente, do médico solicitante, do ecografista com sua assinatura e CRM, assim como data da realização do exame. As fotos devem ter uma boa eqüalização de brilho, contraste,TGC e dimensões suficientes para que sejam perfeitamente visíveis tanto as características ecográficas descritas como as anomalias ou patologias das estruturas visualizadas. Todos os órgãos devem ser varridos no sentido longitudinal, coronal e transversal.
OBS: Em todos os exames as formas de documentação deverão seguir os critérios em texto e fotos. Atenção: toda e qualquer alteração visualizada deve ser minuciosamente detalhada quanto a sua localização, dimensões e características ecográficas. As fotos podem ser de qualquer método de impressão, preto e branco ou colorida, desde que mostre com clareza, todos os detalhes contidos no laudo (texto que se refere ao exame) e que seja durável por no mínimo 1( um) ano após a realização deste, a ponto de não só o médico que o tenha realizado mas qualquer médico que realize ultra-sonografia com mesmo nível de conhecimento ou superior, possa dar um laudo pelas fotos. No laudo constará sempre uma conclusão a qual deve ser objetiva, evitando-se de usar termos descritivos e/ou evasivos.Os textos seguirão os critérios abaixo:
1.Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia de Abdome Superior (fígado, vias biliares, vesícula biliar, baço, pâncreas, aorta e veia cava inferior).
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição do Fígado quanto a suas dimensões, superfície, bordas, textura acústica e ecogenicidade do parênquima, veias portas, veias hepáticas e vias biliares intra-hepáticas e extra-hepáticas, da Vesícula Biliar quanto as sua dimensões, paredes e conteúdo, do Baço quanto as suas dimensões, contornos, limites e parênquima, do Pâncreas quanto as suas dimensões, forma e parênquima.
2.Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia de Abdome Total (Abdome superior, rins e bexiga).
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição do Fígado quanto a suas dimensões, superfície, bordas, textura acústica e ecogenicidade do parênquima, veias portas, veias hepáticas e vias biliares intra-hepáticas e extra-hepáticas, da Vesícula Biliar quanto as sua dimensões, paredes e conteúdo, dos Rins quanto a sua topicidade, dimensões, contornos, limites, cortical e sistema coletor, do Baço quanto as suas dimensões, contornos, limites e parênquima, do Pâncreas quanto as suas dimensões, forma e parênquima, Aorta e Veia Cava Inferior quanto ao seu diâmetro, paredes e conteúdo , retroperitônio e Bexiga quanto ao seu conteúdo e paredes..
3. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia do Aparelho Urinário (Rins e bexiga).
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição dos Rins quanto a sua topicidade, dimensões (com medidas), contornos, limites, cortical (com medidas) e sistema coletor, Bexiga quanto ao seu conteúdo e paredes.

4.Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia de Abdome Inferior (Pélvica).
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da bexiga quanto suas paredes e conteúdo, do útero quanto a sua versão e flexão, posição em relação a linha média, contornos, limites e textura acústica do miométrio e medidas longitudinais, ântero-posteriores, transversais e volume.. Para o endométrio teremos: sua posição em relação as paredes uterinas, regularidade, limites, aspecto (fino ou ecogênico) e espessura. Os ovários serão descritos quanto sua posição em relação ao útero, contornos, limites e descrição do parênquima e medidas longitudinais, ântero-posteriores, transversais e volume em cm3 com os valores normais esperados para cada caso (infância, adolescência, menácme - paridade -,e menopausa. O fundo de saco de Douglas deve ser referido quanto a presença de líquido, com suas características se presente, ou preenchido por massas com descrição das respectivas. 5. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia Transvaginal.
. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da bexiga quanto suas paredes e conteúdo caso contenha urina suficiente para tal, do útero quanto a sua versão e flexão, posição em relação a linha média, contornos, limites e textura acústica do miométrio e medidas longitudinais, ântero-posteriores, transversais e volume em cm3 com os valores normais esperados para cada caso ( infância, adolescência, menácme - paridade -,e menopausa. Para o endométrio teremos: sua posição em relação as paredes uterinas, regularidade, limites, aspecto (fino, trilaminar ou ecogênico) e espessura. Os ovários serão descritos quanto sua posição em relação ao útero, contornos, limites e descrição do parênquima e volume em cm3 com os valores normais esperados para cada caso ( infância, adolescência, menácme - paridade -,e menopausa. O fundo de saco de Douglas deve ser referido quanto a presença de líquido, com suas características se presente, ou preenchido por massas com descrição das respectivas.
6. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia da próstata via abdominal.
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da bexiga quanto suas paredes, conteúdo volume inicial e resíduo pós-miccional, da próstata quanto aos contornos, limites, forma e medidas nos sentidos longitudinal, ântero-posterior, transverso, peso e descrição do parênquima. As vesículas seminais serão descritas quanto a simetricidade, contornos, limites, contornos e ecogenicidade.
7. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia da próstata via Transretal
. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da bexiga quanto suas paredes, conteúdo volume inicial e resíduo pós-miccional, da próstata quanto aos contornos, limites, forma e medidas nos sentidos longitudinal, ântero-posterior, transverso, peso, descrição do parênquima e das zonas conforme Mc Neal. As vesículas seminais serão descritas quanto a simetricidade, contornos, limites, e ecogenicidade.
8. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia Obstétrica (acima de 12 semanas).
. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da estática fetal (situação, apresentação e dorso), bcf, órgãos internos (normais ou anormalidades), DBP, CC, CA, CF, PESO, Relações biométricas (DBP/DOF; CC/CA e DBP/CF) e ESTATURA com os valores normais para idade gestacional para servir como parâmetro para o clínico, cordão umbilical, da placenta (implantação, grau de maturidade e espessura), líquido amniótico (quantitativo e qualitativo) e canal cervical. Em caso de gemelaridade ou mais as descrições acima devem ser realizadas para cada feto em separado, assim quanto a amnionicidade e corionicidade.
9. Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia Obstétrica Primeiro Trimestre.
O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da bexiga quanto suas paredes e conteúdo caso contenha urina suficiente para tal, do útero quanto a sua versão e flexão, posição em relação a linha média, contornos, limites e textura acústica do miométrio e medidas longitudinais, ântero-posteriores, transversais e volume em cm3, os diâmetros, em seus maiores eixos, do Saco Gestacional nos sentidos longitudinal, ântero-posterior e transverso com seu diâmetro médio e do CCN do embrião. Os ovários serão descritos quanto sua posição em relação ao útero, contornos, limites e descrição do parênquima e volume em cm3. O fundo de saco de Douglas deve ser referido quanto a presença de líquido, com suas características se presente, ou preenchido por massas com descrição das respectivas. Em caso de gemelaridade ou mais as descrições acima devem ser realizadas para cada feto em separado, assim quanto a amnionicidade e corionicidade.Deve haver descrição do colo quanto à extensão e espessura.
Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia das Mamas.O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, tecido celular subcutâneo, características do parênquima em 6 (seis) regiões (QSI, QII, QIE, QSE, RETRO-AREOLAR, PROLONGAMENTO AXILAR), fáscia profunda, gordura retro-mamária, peitorais e axilas.Anexar classificação ACR-BIRADS(para ultra-sonografia)
Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia Tireoide.No exame constará duas formas de documentação: em texto e fotos. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, subcutâneo, musculatura pré-tireoideana, da tireoide quanto aos contornos, limites, do parênquima, medidas longitudinais, ântero-posteriores e transversais dos lobos direito, esquerdo, istmo e volume total em cm3 com os valores esperados para idade.
12 .Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia dos Testículos.O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, dos testículos quanto aos contornos, limites, parênquima, medidas longitudinais, ântero-posteriores e transversais com os volumes, cabeça, cauda e quando visível corpo dos epidídimos, vasos do plexo pampiniforme.
Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia do Pênis.O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, contornos, limites, ecogenicidade e textura acústica dos corpos cavernosos e corpo esponjoso.
Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia Músculo Esquelética.. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, subcutâneo, dos tendões da região estudada quanto sua ecogenicidade, limites, contornos, tanto no corpo como nas transições músculo-tendíneas e inserções, das bainhas sinoviais quanto a espessura e presença de líquido, assim como das bursas.

Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia de Partes Moles.O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, descrição da pele, subcutâneo e da estrutura a ser estudada de tal forma que sejam descritas suas características ecográficas tais como, localização, contornos, limites, cápsulas, relações anatômicas, simetricidade, se for o caso e por fim seu conteúdo (parênquima).
16.Modelo para documentação de punções/biópsias dirigidas por Ultra-som.Deverá ser fornecido à paciente uma descrição do equipamento usado no exame, da região, órgão ou glândula puncionados/biopsiados. Caso seja uma lesão sólida ou cística, devem ser descritas suas características ecográficas.
17 .Modelo para documentação do exame de Ultra-sonografia das Carótidas.O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, a descrição das carótidas comuns direita e esquerda desde suas origens até o pontos mais cranial possível das carótidas internas e externas quanto suas paredes, diâmetros e conteúdo
18.Modelo para documentação do exame de Doppler convencional ou Colorido.No exame constará duas formas de documentação: em texto e fotos. O texto conterá descrição do equipamento usado no exame, a descrição do exame no Modo B, acrescentado os dados quantitativos e qualitativos das características da onda de velocidade de fluxo da referida estrutura, glândula ou órgão. Em caso de ter sido solicitado em cores enviar fotos coloridas que comprovem o descrito no laudo e visto nas ondas de velocidade de fluxo. As fotos podem ser de qualquer método de impressão, preto e branco ou colorida, desde que mostre com clareza, todos os detalhes contidos no laudo do Modo B (texto que se refere ao exame) e que seja durável por no mínimo 1(um) ano após a realização deste, a ponto de não só o médico que o tenha realizado mas qualquer médico que realize ultra-sonografia com mesmo nível de conhecimento ou superior, possa dar um laudo pelas fotos. Os gráficos das ondas deverão ser fotografados em preto e branco ou colorido com seus respectivos índices e razões conforme o tipo do exame. Caso seja solicitado em cores, é mandatórios que estas sejam apresentadas de tal forma que comprovem o laudo..

MANUAL DE ULTRASSONOGRAFIA PARTE 3

3.SUGESTÃO PARA AVALIAÇÃO DE RISCO
(Imediato em PS)
Suspeita de abortamento em curso – sangramento e colo aberto ao toque. Amniorrexe prematura confirmada . Óbito fetal confirmado ou suspeita . Suspeita de apendicite . Suspeita de abdome agudo . Trauma. Insuficiência renal aguda .
(Vaga de urgência em Unidade de Referência)
Suspeita de abortamento em curso – sangramento e colo fechado ao toque.Suspeita de gravidez ectópica,o Sangramento no 2° e 3° trimestre da gravidez .Suspeita de amniorrexe prematura .Oligopolidrâmnio.Pesquisa de colo uterino entre a 14ª e 16ª semanas de gestação quando histórico de abortos anteriores por incompetência istmocervical .Hematoma retrodescidual.Dor abdominal aguda importante .Dor pélvica aguda .Tumor anexial.Icterícia aguda.Cólica renal.Nódulo de Mama em mulher com menos de 35 anos.Trauma testicular, dor e/ou edema importante
(Prioridade na rotina)
Nódulo de Mama em homem Espessamento endometrialAtraso menstrual com dor pélvica importante e Teste Rápido de gravidez realizado (+ ou -)1° exame de USG Obstétrico na gestação, preferencialmente entre a 11ª e 13+6 ª semanas. Retornos solicitados pelo ultra-sonografista .Erro da data provável do parto, o Restrição de crescimento do feto Nódulo na região cervical PSA alteradoHepatoesplenomegalia aguda
(Rotina)
Pré-natal sem intercorrênciasSuspeita de litiase renal e ou biliar.Sangramento vaginal na ausência de gravidez,Suspeita de miomatose

MANUAL DE ULTRASSONOGRAFIA PARTE 2

2.ORIENTAÇÕES PARA INDICAÇÃO E PREPARO.

2.1. ADULTO
ABDOME TOTALIndicação: avaliação de fígado, pâncreas, vesícula biliar, vias biliares, baço, rins, retroperitônio e bexiga.Preparo/Orientações:o jejum de 8 horas; A dieta leve no dia anterior (sopa de legumes, verduras, frutas, chá com bolacha água-e-sal), devendo evitar refrigerante, água com gás, sucos, leite e derivados, pão, macarrão, ovo,doces e alimentos gordurosos; tomar 4 copos de água 2 horas antes do exame; o manter a bexiga cheia até a realização do exame; o se possível, tomar 1 comprimido de Dimeticona (Flagass ou Luftal), via oral, de 6/6 horas, iniciando 2 (dois) dias antes do exame.ABDOME SUPERIOR:Indicação: avaliação de fígado, pâncreas, vesícula biliar, vias biliares e baço. Preparo/orientações:o jejum de 8 horas; dieta leve no dia anterior (sopa de legumes, verduras, frutas, chá sem açúcar com bolacha água-e-sal), devendo evitar refrigerante, água com gás, sucos, leite e derivados, pão, macarrão, ovo, doces e alimentos gordurosos; o não é necessário tomar água, nem manter bexiga cheia;o se possível, tomar 1 comprimido de dimeticona (flagass ou luftal), via oral, de 6/6 horas, iniciando 2 (dois) dias antes do exame.VIAS URINÁRIAS:Indicação: avalia rins e bexiga preparo/orientações: o tomar 4 copos de água 2 horas antes do exame; manter a bexiga cheia até a realização do exame.
PÉLVICA:Indicação: avalia bexiga, útero e anexos.Preparo/orientações:o tomar 4 copos de água 2 horas antes do exame; manter a bexiga cheia até a realização do exame.•OBSTÉTRICA ATÉ 3 MESES (13+6 semanas).Indicação: avaliação da sonoanatomia fetal.Preparo/Orientações:o não há preparo específico.
OBSTÉTRICA APÓS 3 MESES COMPLETOS (após 14 semanas)Indicação: avaliação da sonoanatomia fetalPreparo/Orientações:o não há preparo específico.

TRANSVAGINALIndicação: bexiga, útero e anexosPreparo/Orientações:o não há preparo específico MAMAIndicação: avalia mama e seus prolongamentos axilaresPreparo/Orientações: não há preparo específicoO Levar exames anteriores de mama (usg e mamografia)
TIREÓIDE (COM OU SEM BIÓPSIA)Indicação: avalia tireóidePreparo/Orientações: não há preparo específico
CERVICALIndicação: avalia glândulas parótidas, sub-mandibulares, sub-linguaise nódulos cervicaisPreparo/Orientações:o não há preparo específico
PRÓSTATA SUPRA-PÚBICAIndicação: avalia próstata, vesículas seminais e bexigaPreparo/Orientações:o tomar 5 copos de água 2 horas antes do exame;o manter a bexiga cheia até a realização do exame;
PRÓSTATA TRANSRETAL (SEM BIÓPSIA)*Indicação: avalia próstata e vesículas seminaisPreparo/Orientações:o tomar 8 copos de água 2 horas antes do exame; manter a bexiga cheia até a realização do exame;
BIÓPSIA DE PRÓSTATA TRANSRETAL*Indicação: exame anatomo-patológico de próstataPreparo/Orientações: tomar 8 copos de água 2 horas antes do exame e manter a bexiga cheia até a realização do exame,o tomar 2 comprimidos de Sulfametoxazol, via oral, de 12/12horas, por 3 dias, começando 1 dia antes da realização doexame.Se fizer uso contínuo de AAS, suspender seu uso 10 dias antes do exame.BOLSA ESCROTALIndicação: avalia bolsa escrotal e testículosPreparo/Orientações: não há preparo específico•ARTICULAÇÕES*Indicação: avalia articulações e musculatura associada à articulaçãoPreparo/Orientações: não há preparo específicoPARTES MOLESIndicação: avalia hérnias, tumorações sub-cutâneas, paredeabdominalPreparo/Orientações: não há preparo específicoECODOPPLER DE CARÓTIDAS*Indicação: avalia carótidasPreparo/Orientações: não há preparo específico.ECODOPPLER DE MEMBROS INFERIORES .*Indicação: avalia fluxo arterial e/ou venoso de membros inferiores .Preparo/Orientações: não há preparo específico .
2.2. CRIANÇA:*ABDOME TOTAL PEDIÁTRICOIndicação: avaliação de fígado, vesícula biliar, vias biliares, baço, rins e bexiga.Preparo/Orientações: crianças menores de 1(um) ano = jejum de 3 horas. crianças de 1(um) a 4(quatro) anos = jejum de 4 horas. crianças maiores de 5(cinco) anos = jejum de 8 horas. levar mamadeira ou lanchinho para pós-exame.ABDOME SUPERIOR PEDIÁTRICOIndicação: avaliação de fígado, vesícula biliar, vias biliares e baçoPreparo/Orientações:crianças menores de 1(um) ano = jejum de 3 horas.crianças de 1(um) a 4(quatro) anos = jejum de 4 horas.crianças maiores de 5(cinco) anos = jejum de 8 horas.levar mamadeira ou lanchinho para pós-exame.VIAS URINÁRIAS PEDIÁTRICOIndicação: avalia rins e bexigaPreparo/Orientações: tomar líquido (exceto gaseificados) 1 hora antes do exame.

MANUAL DE ULTRASSONOGRAFIA PARTE 1

1.ORIENTAÇÕES PARA AGENDAMENTO DE ROTINA

ORIENTAÇÕES GERAIS:  Uma Solicitação para cada tipo de exame, com todos os campos preenchidos(nome ,idade,sexo ...), com letra legível, com  assinatura e carimbo do médico solicitante.Atentar para o preenchimento de História Clínica e Hipótese Diagnóstica.
A especificação para o agendamento segue a   seguinte distribuição: Geral: Pélvico.ObstétricoAbdome Total e Superior. Tireóide. Mama .Vias Urinárias.Transvaginal. Musculo-Esquelético e  Articulações.*Partes Moles. Parede Abdominal.InfantilBiópsia De Próstata Guiada Por Ultra-Sonografia*Tireóide Com Punção* US Globo Ocular*Doppler Geral , Carótidas e MMII.*
Informar que será permitida a entrada de 1(um) acompanhante, se autorizado pelo médico, durante a realização do exame.Orientar para que o paciente chegue 30 (trinta) minutos antes do horário agendado, levando a solicitação em GUIA,de agendamento e os resultados anteriores dos exames co-relacionados.Orientar para que o uso dos medicamentos de rotina seja mantido.
ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
No caso de gemelaridade já diagnosticada serão dois exames agendaddosPara articulações, agendar 1 (uma) vaga para cada articulação.Para pacientes Diabéticos, quando necessário jejum, priorizar sempre que possível os horários da manhã para o agendamento.No caso das solicitações de Biópsia de Próstata guiada por USG, o MÉDICO SOLICITANTE deverá orientar quanto a forma do procedimento e sobre a existência e teor do “termo de consentimento” que o paciente terá que preencher no ato do exame.Nos casos de usg de mama, recomenda-se que para pacientes do sexo feminino, acima de 35 anos, tenha mamografia realizada anteriormente.

sábado, 26 de junho de 2010

EXAMES DE ULTRASSONOGRAFIA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Ultra-sonografia de Mamas

A Ultra-sonografia de Mamas é um importante método auxiliar no diagnóstico das lesões e/ou alterações mamárias.

Ela é o principal exame complementar à mamografia.

O exame ultra-sonográfico informa sobre o estado da pele e dos tecidos subcutâneo, fibroglandular e muscular posterior.

Seus melhores resultados são obtidos em mamas muito densas (mulheres jovens), que por suas características podem "esconder" uma lesão.

Este método é indicado ainda na diferenciação de lesões sólidas e líquidas (cistos), em processos inflamatórios e na monitoração de biópsias e punções aspirativas.

Ultra-sonografia para
Monitoramento da Ovulação

A Ultra-sonografia para Monitoração da Ovulação é um exame em que são realizadas ultra-sonografias seriadas (em geral três exames), em dias alternados, para que seja definido o dia mais provável da ovulação.

O primeiro exame é feito por via suprapúbica (via abdominal) e por via transvaginal (a etapa por via abdominal é importante para que seja feita uma avaliação da bexiga, útero e ovários, além da pesquisa de lesões adjacentes a esses órgãos; a etapa por via transvaginal complementa as informações obtidas na etapa por via abdominal, oferecendo maior resolução e sensibilidade para a avaliação dos ovários e do útero).

Para este exame a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação da área a ser examinada.

Os exames subseqüentes serão realizados apenas por via transvaginal.

O primeiro exame é realizado preferencialmente entre o 10º e o 12º dia do ciclo menstrual, ou a critério do médico solicitante.

Os demais exames serão realizados dois e quatro dias após o primeiro exame.

Ultra-sonografia Morfológica de 1º Trimestre

Este exame é realizado por ultra-sonografia no 1º trimestre de gestação (da fase inicial 11ª até a 13ª semana +6 dias ).

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

Por meio da avaliação da translucência nucal e de outros marcadores do primeiro trimestre é possível quantificar e estimar o risco individual para cromossomopatias, como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau.
o Morfológico de 1º Trimestre permite avaliar a vitalidade ovular, e verificar a existência de qualquer alteração que possa comprometer o desenvolvimento da gestação.

Ultra-sonografia Morfológica de 2º  Trimestres

Este exame é realizado por ultra-sonografia,  no 2º  trimestres de gestação.

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

Segundo trimestre (da 18ª até a 24ª semana): Conhecido como ultra-som morfológico de segundo trimestre, preconiza-se que este exame seja realizado entre a 18ª e 24ª semana de gestação.

Nessa fase pode-se avaliar a morfologia e o aspecto da anatomia fetal, que é medido e documentado, assim como o comprimento do colo uterino.

Ultra-sonografia Obstétrica por Via Abdominal

Este exame é realizado por ultra-sonografia - com o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D) - em qualquer fase da gestação.

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

O exame obstétrico permite investigar e acompanhar as diferentes etapas da vida intra-uterina, monitorar o desenvolvimento do bebê desde as primeiras semanas até o nascimento, e identificar situações de risco, tendo em vista o bem estar materno e fetal, auxiliando a tomada de decisões sobre os procedimentos a serem utilizados no parto.

Ultra-sonografia Obstétrica por Via Transvaginal

Este exame é realizado por ultra-sonografia no 1º trimestre de gestação (da fase inicial até a 12ª semana). A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

Utilizando o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D), o exame obstétrico por via transvaginal não oferece qualquer risco ao feto.

Sua grande vantagem em relação ao exame tradicionalmente feito por via abdominal é a de poder visualizar estruturas e órgãos pélvicos com maior proximidade e maior resolução de imagem.

Ultra-sonografia com Perfil Biofísico Fetal

Este exame é realizado a partir da 28ª semana de gestação por ultra-sonografia associada à Cardiotocografia.

Este método não emite radiação ionizante, sendo totalmente seguro para a gestante e para o bebê.

Esta modalidade de obstétrico consiste na avaliação da vitalidade e dos diversos parâmetros biofísicos fetal.

Além de permitir determinar a idade gestacional, este método avalia e acompanha o movimento, crescimento e bem estar do feto, como os movimentos respiratórios, o tônus, o volume de líquido amniótico e a reatividade cardíaca, identificando possíveis alterações e auxiliando na realização de procedimentos intra-útero

Ultra-sonografia com Doppler Colorido
Obstétrica

Este exame é realizado por ultra-sonografia - com o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D) - em qualquer fase da gestação.

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

Este exame permite investigar e acompanhar as diferentes etapas da vida intra-uterina, avaliar o crescimento e a vitalidade fetais e identificar situações de risco por meio da análise de parâmetros biométricos fetais.

Com os recursos do efeito Doppler, o estudo ultra-sonográfico do ambiente intra-uterino permite a investigação detalhada e não invasiva da hemodinâmica materno-fetal, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.

Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha.

Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue.

Ultra-sonografia com Doppler Colorido
Morfológica de 1º Trimestre

Este exame é realizado por ultra-sonografia, com o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D), no 1º trimestre de gestação (da fase inicial até a 12ª semana).

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

O Morfológico de 1º Trimestre permite avaliar a vitalidade ovular, e verificar a existência de qualquer alteração que possa comprometer o desenvolvimento da gestação. Por meio da avaliação da translucência nucal e de outros marcadores do primeiro trimestre é possível quantificar e estimar o risco individual para cromossomopatias, como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau.

Aliado aos recursos do efeito Doppler, o estudo ultra-sonográfico do ambiente intra-uterino permite a investigação detalhada e não invasiva da hemodinâmica materno-fetal, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.

Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha.

Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue.

Ultra-sonografia com Doppler Colorido - Morfológica de 2º e 3º Trimestres

Este exame é realizado por ultra-sonografia, com o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D), nos 2º e 3º trimestres de gestação.

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

Com os recursos do efeito Doppler, o estudo ultra-sonográfico do ambiente intra-uterino permite a investigação detalhada e não invasiva da hemodinâmica materno-fetal, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.

Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha.

Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue.

Segundo trimestre (da 13ª até a 24ª semana): Conhecido como ultra-som morfológico de segundo trimestre, preconiza-se que este exame seja realizado entre a 18ª e 24ª semana de gestação.

Nessa fase pode-se avaliar a morfologia e o aspecto da anatomia fetal, que é medido e documentado, assim como o comprimento do colo uterino e Dopplervelocimetria das artérias uterinas . Terceiro trimestre (da 25ª até o final):

Neste período é possível estudar a circulação fetal por meio da análise do fluxo das artérias umbilicais e da artéria cerebral média e reavaliar a anatomia, obtendo-se uma visão mais fidedigna de alguns órgãos, em especial, rins e coração fetal.

Ultra-sonografia com Doppler Colorido
Obstétrica de 1º Trimestre

Este exame é realizado por ultra-sonografia, com o recurso adicional de imagens tridimensionais (3D e 4D), no 1º trimestre de gestação (da fase inicial até a 12ª semana).

A ultra-sonografia não emite radiação ionizante, sendo totalmente segura em gestantes.

O Morfológico de 1º Trimestre permite avaliar a vitalidade ovular, e verificar a existência de qualquer alteração que possa comprometer o desenvolvimento da gestação. Por meio da avaliação da translucência nucal e de outros marcadores do primeiro trimestre é possível quantificar e estimar o risco individual para cromossomopatias, como Síndrome de Down, Síndrome de Edwards e Síndrome de Patau.

Aliado aos recursos do efeito Doppler, o estudo ultra-sonográfico do ambiente intra-uterino permite a investigação detalhada e não invasiva da hemodinâmica materno-fetal, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.

Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha.

Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue.

Ultra-sonografia com Doppler Colorido
Pélvica Feminina por Via Abdominal

A Ultra-sonografia Pélvica por Via Abdominal (suprapúbica) é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões dos órgãos pélvicos – bexiga, útero e ovários -, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas. Além disso, é utilizado também para identificar a presença de gestação e avaliar o posicionamento de DIUs. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Associados ao Doppler Colorido, os exames ultra-sonográficos permitem obter informações sobre essa região e seu respectivo fluxo sanguíneo, e investigar de forma detalhada e não invasiva a hemodinâmica da área examinada, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional. Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha. Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Para a realização deste exame a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação da área a ser examinada

Ultra-sonografia com Doppler Colorido
Pélvica Feminina por Viatransvaginal

A Ultra-sonografia Pélvica por Via transvaginal  é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões dos órgãos pélvicos – bexiga, útero e ovários -, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas. Além disso, é utilizado também para identificar a presença de gestação e avaliar o posicionamento de DIUs. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Associados ao Doppler Colorido, os exames ultra-sonográficos permitem obter informações sobre essa região e seu respectivo fluxo sanguíneo, e investigar de forma detalhada e não invasiva a hemodinâmica da área examinada, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional. Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha. Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Para a realização deste exame a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação da área a ser examinada.


Ultra-sonografia Pélvica Feminina
por Via Abdominal

A Ultra-sonografia Pélvica por Via Abdominal (suprapúbica) é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões dos órgãos pélvicos - bexiga, útero e ovários -, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

Além disso, é utilizado também para identificar a presença de gestação e avaliar o posicionamento de DIUs.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Para este exame a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação da área a ser examinada.

Ultra-sonografia Pélvica Feminina
por Via Transvaginal

A Ultra-sonografia Pélvica por Via Transvaginal é um procedimento que se beneficia da menor distância entre o transdutor e a pelve, o que facilita a perfeita visualização, identificação e caracterização das alterações e/ou lesões do útero e ovários, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

Em tese, o exame por via transvaginal dispensa a repleção da bexiga, mas no geral, para que se obtenha um diagnóstico mais preciso, incluindo a pesquisa de lesões na bexiga, este procedimento é precedido de uma investigação por via abdominal (suprapúbica).

Por esta razão, a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação dos órgãos e estruturas da região pélvica.

Tão logo essa investigação tenha sido concluída, a bexiga é esvaziada para que se proceda ao exame por via transvaginal.

EXAMES DE ULTRASSONOGRAFIA PARTES MOLES E PEQUENAS PARTES

1.Ultrassonografia da Bolsa Escrotal

A Ultrassonografia da Bolsa Escrotal é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações da bolsa escrotal e dos testículos. A ultra-sonografia tem se mostrado um método de alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias que incidem sobre essa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

2. Ultrassonografia das Glândulas Salivares

A Ultrassonografia das Glândulas Salivares é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações das glândulas salivares.

A ultra-sonografia tem se mostrado um método de alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias que incidem sobre essa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

3 .Ultrassonografia dos Globos Oculares

A Ultrasonografia dos Globos Oculares é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações das estruturas orbitais.

A ultrassonografia tem se mostrado um método de alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias que incidem sobre essa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

4. Ultra-sonografia de Órgãos  e Estruturas Superficiais

A Ultrassonografia de Órgãos e Estruturas Superficiais é um procedimento não invasivo, utilizado para investigação de traumas, malformações, processos inflamatórios e tumorais em órgãos e estruturas mais superficiais como mamas, tireóide, glândulas salivares, linfonodos cervicais, parede abdominal, tendões, músculos, tecido celular subcutâneo, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

5. Ultrassonografia do Pênis

A Ultrassonografia do Pênis é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões da região peniana.

Este exame investiga os corpos cavernosos, procurando avaliar a presença de fibroses e calcificações que possam contribuir para o aparecimento de determinadas patologias, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

6. Ultrassonografia de Pescoço

A Ultrassonografia de Pescoço é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões dos órgãos e estruturas dessa região (tireóide, glândulas salivares e cadeias linfonodais cervicais).

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

7. Ultrassonografia da Região Axilar

A Ultrassonografia da Região Axilar é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões que possam ocorrer nessa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

8. Ultrassonografia da Região Inguinal

A Ultrassonografia de Regiões Inguinais é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões que possam ocorrer nessa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

9 .Ultrassonografia de Tireóide

A Ultrassonografia de Tireóide é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões que possam ocorrer nessa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

10 . Ultrassonografia de Parede Abdominal

A Ultra-sonografia de Parede Abdominal é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões da parede abdominal, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.

1 .Ultrassonografia de Abdome Total

A Ultrassonografia de Abdome Total é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações do fígado, da vesícula biliar, dos rins, do pâncreas, da bexiga, dos grandes vasos, do retroperitônio e, eventualmente, do trato gastrointestinal, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.
É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais. Além do jejum - necessário porque evita que a vesícula biliar se esvazie e permite avaliar de forma adequada órgãos mais profundos - a repleção da bexiga também é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação dos órgãos e estruturas da região abdominal.

2. Ultrassonografia de Abdome Superior

A Ultrassonografia de Abdome Superior é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações do fígado, pâncreas, vesícula biliar, vias biliares, baço, rins, aorta e veia cava inferior, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.
É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.
Para a realização desse exame é necessário o jejum porque evita que a vesícula biliar se esvazie e permite avaliar de forma adequada órgãos mais profundos, como o pâncreas e a aorta.

3. Ultrassonografia de Hipocôndrio Direito
Vias Biliares

A Ultrassonografia do Hipocôndrio Direito, é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações dos órgãos dessa região: fígado, vesícula biliar, vias biliares e pâncreas.
A ultrassonografia tem se mostrado um método de alta sensibilidade para o diagnóstico das patologias que incidem sobre essa área, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.
É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.
A prova de Boyden consiste em um exame complementar para avaliar os mecanismos de contração e esvaziamento da vesícula biliar.
Para este exame é necessário jejum, porque evita que a vesícula biliar se esvazie e permite visualizar e avaliar de forma adequada a área examinada.

4.Ultrasonografia de Rins e Vias Urinárias

A Ultrassonografia de Rins e Vias Urinárias é um procedimento não invasivo, utilizado para avaliação, seguimento, diagnóstico e caracterização das alterações e/ou lesões que possam ocorrer nessa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas.
É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais
Para este exame a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação da área a ser examinada.

Ultrassonografia na gestação


                              A  Ultrassonografia é  fundamental para o acompanhamento da gestação

Todos sabem que a ultrassonografia (US) é usada para avaliar a gravidez.
Poucos sabem em que realmente o exame ajuda e faz toda a diferença no acompanhamento e nas decisões tomadas quanto às condutas médicas.
Tem-se a impressão que o exame serve apenas para ver e gravar em vídeo a gracinha do bebê e saber o sexo.

Veremos então como, quando e porque o médico solicita o exame de US, e descobriremos que o exame em geral é fundamental para o bom acompanhamento da gestação; porém, quando mal indicado, ou mal realizado ou seu resultado mal interpretado é possível que o exame atrapalhe. Atrapalhe?! Sim, isso mesmo, pode até atrapalhar a conduta médica.

Vejamos, você teria uma dessas perguntas a fazer ao médico ?

1. O exame serve para se detectar se a mulher está grávida ou não?
Resp:. O Ultrassom transvaginal pode detectar o primeiro sinal de gestação, que é a presença de uma pequena bolha, o saco gestacional (SG) com 3 semanas após a fecundação, que equivale nas mulheres com ciclo menstrual regular, a uma semana a 10 dias de atraso menstrual.

2. Como o médico calcula a IG do feto ?
Resp:. É padronizado que a IG seja o número de semanas decorrido desde a última menstruação (D.U.M.) da gestante é duas semanas a mais em relação à provável ovulação e fecundação.

3. Se não se sabe quando foi a D.U.M. o US dar-me-á a correta IG do feto ?
Resp:. Para se calcular a correta idade gestacional (IG) do feto, é necessário realizar um exame no início da gestação. Nas primeiras 10 semanas de gestação a margem de erro de cálculo pela US é de aproximadamente 3-4 dias e no fim da gravidez esse erro pode chegar a 1 mês. Como justificamos essa diferença ? Bem, no início da gestação, temos vários parâmetros que nos ajudam a definir a correta IG, além da medida do comprimento da cabeça à nádega; e todos esses dados são confiáveis.
Logo, nos estudos a serem feitos, é necessário que todos os exames de US já realizados sejam apresentados.

4. Quais são essas diferenças?
Resp:. No início da gravidez, o embrião (como é chamado o bebê com menos de 10 semanas) muda de aspecto a cada semana.

Com 6-7 semanas o embrião é apenas um botão menor que 10 mm, e não definimos ainda nem o que é cabeça ou tronco. Braços e pernas? Ah! nem sinal deles ainda. Esse botão embrionário é visualizado junto a uma pequena bolha chamada vesícula vitelínica, que vai desaparecer no 2º trimestre da gravidez. Com 8 semanas o embrião tem cerca de 15 mm e já se define a cabeça e o tronco. Com 9 semanas ele já tem cerca de 25 mm (da cabeça à nádega) e visualizam-se os membros. Seus movimentos já são nítidos e bastante freqüentes. Na 10ª semana começa a ossificação (coluna-ossos dos membros , etc).

A partir de então os cálculos de idade são feitos principalmente através das medidas do FETO (seu novo nome, pois está praticamente formado). É claro que muitas das estruturas vão passar por transformações inerentes ao amadurecimento. Alguns órgãos acabam de amadurecer anos após o nascimento, como cérebro e rins.

No fim da gestação, onde deparamos com fetos a termo com grande variação de peso, 2000g – 3000g – 4000g ou mais, é obvio que teremos grandes variações nas medidas das estruturas de fetos com a mesma idade, o que produzem erros nos cálculos da IG.

Se todos os exames de US forem apresentados ao médico ultrassonografista, a análise terá um enfoque diferente. Usamos os primeiros exames, em geral realizados no 1º trimestre, como base determinante da IG; os demais exames deverão ser usados para avaliar o desenvolvimento fetal, predizendo se está normal, se o feto tem peso abaixo ou acima da média esperada.

5. Por que fazer o ultrassom morfológico (USM)?
O USM compromete-se a pesquisar possíveis malformações fetais ou indícios que levem a suspeitar de alterações genéticas fetais através da visualização direta das mesmas ou da mensuração de várias estruturas fetais, muitas delas não mensuradas no US obstétrico padrão.

Com freqüência para se definir o diagnóstico final das malformações são necessários outros estudos como: pesquisa do cariótipo nos casos de defeitos genéticos, estudo de enzimas e substâncias do líquido amniótico e cordão umbilical, Colordopplercardiograma fetal, etc...

É importante saber que é impossível predizer se o feto é perfeito, independente do número de exames realizados, pois é impossível detectarmos todas as possíveis; ou mesmo se um órgão que tem aspecto normal irá funcionar bem. Às vezes um órgão pode ser obscurecido por outra estrutura; por ex: dependendo da posição do feto, a coluna pode impedir o estudo do rim. Acreditamos que a sensibilidade e especificidade dos exames disponíveis para esse fim sejam em torno de 80 a 90% se forem realizados no correto período.

6. Quando fizer o USM ?
Há 2 períodos indicados para esse exame:
O primeiro entre 11 e 14 semanas de gestação, com o intuito de se detectar algumas malformações que eventualmente já são visíveis como a falta de um membro ou mesmo do crânio; e também para se medir a TRASLUCÊNCIA NUCAL (TN) e calcular o risco especifíco para as trissomias.

Quando a TN está aumentada, sabemos que aumentam a chance de haver alterações genéticas mas não obrigatoriamente, apenas uma porção desses fetos às apresentará. Quanto maior a espessura, maior a chance de haver problemas genéticos. Se está aumentada, indica-se a pesquisa do cariótipo fetal.

O segundo período indicado para o USM é entre 20 a 24 semanas, pois nesse período o feto já apresenta bom desenvolvimento da maioria das estruturas e o volume de líquido amniótico é proporcionalmente bom, facilitando a visualização de feto.

Esse exame pode ser feito em qualquer período da gestação, porém com sensibilidade e confiabilidade menor.

7. E o Ultrassom 3D/4D ?
Inicialmente é importante esclarecer que o que chamamos de 4D, na realidade é o estudo dinâmico em 3D. A mídia expõe o US3D como imprescindível para o diagnóstico das malformações fetais. Não é verdade.

O diagnóstico em geral é determinado no exame convencional de Ultrassom morfológico. O US3D ajuda a visualizar e documentar algumas das malformações e permite estudar superfície fetal. Além disso é muito bom ver o bebê em 3D, a imagem é incrível.